Bright Innocence

sábado, 2 de abril de 2011

Clarice Lispector

Clarice Lispector (1920 - 1977)
Clarice Lispector é nada mais e nada menos, que uma das melhores escritoras do mundo. Sem exageros, em meados de fevereiro iniciei minha pesquisa para o TCC, o qual temos que apresentar uma tése e defendê-la até o fim do projeto, no caso, foi para a faculdade.
Sempre fui fã da Clarice Lispector, pelas suas citações e fragmentos de textos que lia em Blogs, comunidades, e diversos sites. Mas, confesso que meu conhecimento sobre essa mulher divina, era muito superficial...
Fiz uma resenha sobre uma de suas obras mais famosas "A Hora da Estrela", li a obra com aguçada pressa, só pensava , como em todos os outros trabalhos - no bendito prazo de entrega.
Tudo começou, ou recomeçou, no mês de fevereiro -como eu contei no começo do post. Passei poucas e valiosas horas pesquisando e fazendo o possível para conseguir suas obras, montei uma boa biografia em minha mente e hoje posso dizer muita coisa de sua vida sem precisar recorrer ao google.
Clarice era Ucrâniana e se dizia, e sentia, como se fosse Brasileira. Ela adorava o Rio de Janeiro, e viveu na cidade maravilhosa durante anos, foi colunista, escreveu contos infantis, romances, entre outros gêneros. e batalhou muito para ser aceita no universo da Literatura. Isso se deve ao fato de que Clarice tinha um dom e jeito único ao colocar e formar palavras e pensamentos, Clarice não era uma escritora, e sim uma "sentidora". Seu objetivo nunca foi ser reconhecida por seu talento, ela escrevia para desabrochar o seu "eu", para entender-se consigo mesma, para se descobrir, pois em diversos momentos ela dizia ser um mistério para si mesmo.
Encantadora e complexa, Clarice possuía um dom de entrar na alma do ser humano e acredite, não há como sair intacta após ler qualquer obra escrita por ela, Clarice também foi uma mulher revolucionária para sua época e enfrentou diversas dificuldades em sua vida, quando sua mãe faleceu Clarice ainda tinha aproximadamente, seis anos de idade.

Ainda está na dúvida sobre o talento de Clarice Lispector?
Separei alguns trechos para você...

Ela estava triste. Não era uma tristeza difícil. Era mais como uma tristeza de saudade. Ela estava só. Com a eternidade à sua frente e atrás dela.
O humano é só.


Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida.


Eu caminho, desequilibrada, em cima de uma linha tênue entre a lucidez e a loucura. De ter amigos eu gosto porque preciso de ajuda pra sentir, embora quem se relacione comigo saiba que é por conta-própria e auto-risco. O que tenho de mais obscuro, é o que me ilumina. E a minha lucidez é que é perigosa.


Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro.


De mim, só se sabe que respiro.

Ficou com vontade de saber mais sobre a Escritora?
Pesquise, Leia, Se entregue... vale a pena!

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