Bright Innocence

segunda-feira, 7 de março de 2011

Lar doce Lar - Capítulo II

Todas as manhãs permaneciam iguais mais a dor era diferente a cada dia. Nos dias de sol, ela me esquecia, abandonava, sumia. E nessas adoráveis manhãs o fia de esperança renascia em mim, implorando para que a dor não voltasse, não me atingisse. Algumas noites eu rezava para que, tudo voltasse a ser como antes, sem mesmo me lembrar de como era antes, mas com certeza, não possuia o peso de agora. Este fardo já tão carregado...
Nos dias de frio, eu me atrevo a ir além de todos os meus pensamentos, intretendo-me a cabeça, quaisquer pensamentos que fossem, haveria de funcionar, eu haveria de me encaixar...em algum lugar. Ás vezes o meu sub-consciente me atrai, me trai descaradamente, e me pego em outra vida, vivendo entre dois mundos, como se fosse um personagem, e esse personagem não sofre, não carrega o peso da rejeição nas costas.
O peso dói.
Sentimento que te mata todos os dias, dói mais do que dor fisica. Todos estamos vivos...respirando, portanto, até que o ar de nossos pulmões nos falte há tempo para se viver, para se concertar as coisas, talvez algumas dê para concentar - por mais gravidade que possa existir- desde que estejamos dispostos a fazê-lo.
Chega o outono, a primavera e o verão.
A parte viva de mim se explode em um contentamento forçado. Em um dever súbito de ser feliz, parecer feliz, entregar-me a tão aguardada data, mas então os dias passam, a calmaria chega e quando não, o grito do silêncio esta lá.
Martelando-me com seu super martelo gigante, sobre o meu coração, esperando para que ele se quebre em mil pedaços. Transformando-se em grandes cacos de vidros, para machucar-me com culpa, sobre as pessoas que desses cacos querem viver.
Ajudar-me. Cuidar-me. Salvar-me.
Estou viva, severamente morta aos sons do seres humanos, como se tivesse tomado uma vacina contra sentimentos saúdaveis no mundo. Duvidando se eles -os sentimentos- ainda me pertenciam. Que parte de mim havia restado. Talvez eu as tivesse perdido no caminho, quando tentava pegar os balões coloridos, vistos em filmes voando sem direção no céu, e este não era nada cinza, nada metalizado.
Era o céu, igual os vistos em comerciais de televisão.
Azul e não danificado.
Havia algo intocável?
Completamente e interamente original?
Símbolos. Reações. Vinda e Ida. Chegada e Partida.
Quando saber a hora de seguir a estrada?
Por que tudo parece estar se fechando para mim.
Todos os caminhos parecem falsos quando os piso parecem esperar-me para naufragar.
Hey, slow it down
Ei, tenha calma
What do you want from me
O que você quer de mim?
What do you want from me
O que você quer de mim?
Yeah, I'm afraid
Sim, estou com medo
What do you want from me
O que você quer de mim?

(What do you want from me - Adam Lambert)

Por: @_naticolchoc

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