Bright Innocence

domingo, 19 de setembro de 2010

Temporal


O tempo marca as horas perdidas, as noites mal dormidas, tudo o que foi e o que era para ser. Minha cabeça lateja e meus pensamentos correm soltos, pensando sobre tudo e incapaz de concluir algo. Pensei que era dor, isso que sinto dentro do peito, mas por ter sofrido algumas vezes reconheço que a dor é muito mais intensa. Pensei que fosse mágoa, mas não sei detectar onde ela começa ou termina, o porque ou quem teria em magoado. Pensei que fosse uma fase, mas ela está demorando a passar, pelo contrário, se intensifica e me surpreende a cada dia. Talvez seja tudo, seja eu, seja essa triste solidão que guia meus passos, e solidão dói. Solidão dilacera seu coração aos poucos, mata silenciosamente. Meus olhos enchergam muita coisa que meu íntimo inssiste em renegar, eu me ouço gritar vez ou outra quando o silêncio me sufoca. Queria ser boa em algo, mesmo que fosse mantendo o equilíbrio, está chovendo lá fora e sinto falta do sol, mas quando ele está nos iluminando eu estou ocupada demais, me sentindo absurdamente infeliz, para vê-lo. Acordo no meio da madrugada, as sombras foram embora, para mim momentos obscuros são normais, não me julgue ser estranha, posso parecer perdida, mas acredite, nunca me senti tão consciente sobre tudo.

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